13.8.14

Estatísticas

Por norma acontece-me desiludir ou desinteressar as pessoas. Mais cedo ou mais tarde é o que acaba taxativamente por acontecer. Quem o diz? É só ver as estatísticas...

12.8.14

tão bom...

ouvir novamente as palavras a chamarem...

25.5.11

Onde é que eu ía mesmo?

Depois de tudo o que passei nos últimos meses, o nome deste blog até parece piada...
Onde é que eu ía mesmo? Ah, já sei...

Fiquei-me na parte em que foi-me detectado um tumor no cérebro, numa TAC de rotina que pedi na minha dermatologista. Era apenas para checar um 'inofensivo' micro-adenoma na hipófise, que me acompanha desde o segundo ano da universidade. Coisinha fraquinha, que só me causa incómodos hormonais crónicos, alterações abruptas de humor e aumento de peso, entre outras coisas... E ex que... a danada da TAC revela um outro 'bicho' bem maior e de aspecto pouco amistoso.

Alertada pela derma, segui a contactar de urgência um neurocirurgião danado de bom (bom, no sentido profissional, graças a deus). Viu-me a TAC, leu o relatório e perguntou-me "Tu sabes o que tens?" e como que pronto a dar-me a resposta, crente que tinha colocado uma pergunta retórica, eu despejo-lhe tudo o que li no google sobre astrocitomas e oligodendrogliomas, como se estivesse numa oral, a tentar safar a nota. A meu lado, uma mãe sem perceber puto do que para ali se falava. Só tinha a noção que era grave. Quão grave, não me interessava que ela soubesse...

"Sei que é um tumor maligno, de crescimento lento, com uma sobrevida de 5 a 8 anos..." resumi eu, entre outras pérolas que fui soltando sobre o dito 'bicho' e que tinha googlado. Ele, com expressão surpreendida, movida quiçá pela minha demonstração de coragem aliada à curiosidade típica de uma jornalista, rematou por fim: "então não preciso dizer mais nada...". Fez-se um silêncio... Ele olhou-me como quem diz "Estás tramada, miúda". Eu engoli em seco. Estaria à espera que ele me desmentisse ou que dissesse "o google não sabe nada, é um mentiroso". Não o disse...

Para tentar adicionar algum optimismo ao meu realismo (diga-se, positivista), o Dr.  acrescentou, como se tivesse reservado o 'tsharannn!!' para o final: "Não acredites em tudo o que lês nos livros. Além do mais tenho pacientes perfeitamente saudáveis que já operei há 15 anos" (ups... voltei a engolir em seco... 15 anos de sobrevida é uma sorte? se calhar é...) e depois, o auto-elogio narcísico: "sabes porque é que a tua dermatologista me indicou? Porque eu sou muito bom  naquilo que faço... ;)" (sorriso malandro, dedo a dar-me uma sapatada marota na ponta do nariz, o que me apaziguou um pouco mais). Depois relatou um episódio, que vim a verificar fazer parte de um dos muitos que o tornam um mito no S. Marcos e por toda a parte onde exerce medicina: a mãe da minha dermatologista (por sinal outra barra na sua especialidade) estava toda torta e vergada, cheia de dores. Que lhe fez o Dr.? Bota cimento lá pa dentro da coluna. Sim, ouviram bem! Concreto puro e duro! A senhora ligou-lhe poucos dias depois a dizer que já há muitas décadas que não se sentia tão bem e... direita!

No final, e já depois de a jeito de 'cereja no topo do bolo' ter-me visto os olhos com luzinhas apontadas a cegar-me e ter-me desabafado "já começo a gostar mais de ti...", ele declarou: "vou ter que te operar", e esta afirmação foi tão perentória como ter dito "não há outro remédio", coisa que aconteceu com uma precisão de três semanas após esta consulta.

Neste dia decorria a sessão fotográfica dos postais, na minha ex-escola, com os alunos, o fotógrafo a quem atempadamente convidei, as roupas e acessórios que andei a angariar nos dias anteriores... abandonei a meio a sessão, deleguei as reponssabilidade nas minhas sócias, para ir à consulta. Quando regressei, já com a certeza do prognóstico que levei em dúvida, continuei a dar corpo a uma ideia que projectei como o primeiro produto do meu site...

Fui operada a 24 de Fevereiro e nem uma gota de dor senti. Perdi foi parte de mim. Ando ansiosamente à procura dela... Se a virem, avisem-me...

23.2.11

Dei hoje entrada no Hospital de S. Marcos. Amanhã vou ser operada à cabeça. Tenho (muito provavelmente) um astrocitoma de baixo grau de malignidade, na zona frontal esquerda do cérebro. Coisa nada bonita de se ver numa RM... Wish me luck... .:P

25.1.11

Imprimido ou impresso?

Para mim é sempre 'imprimido'.
'Impresso' é o que se preenche.
Mas já fui vexadamente corrigida mais que uma vez. E embora a minha convicção a dizer 'impresso é o que preenches nas repartições públicas' vacile as certezas dos outros, a minha, que era absoluta, ia ficando .

Finalmente me esclareço!
«Qual a forma correcta?
- O jornal trazia uma folha impressa ao contrário.
- O jornal trazia uma folha imprimida ao contrário.
“Impressa” e “imprimida” são duas formas que provêm do verbo imprimir. Este verbo admite dois particípios passados: um regular – imprimido – que se usa com os verbos “ter” e “haver” e outro irregular – impresso – que se usa com os verbos auxiliares “ser” e “estar”. Esta segunda forma também é usada como adjectivo, que é o que acontece na frase acima apresentada, por isso a forma correcta é:
- O jornal trazia uma folha impressa ao contrário.
Pode também dizer:
- A folha está impressa ao contrário. 
- Ele tinha imprimido a folha ao contrário.» aqui

7.1.11

Game over...

O mundo está a acabar. É o fim dos dias da era dos humanos. E não é por andarem a cair pássaros mortos aos milhares nos Estados Unidos e na Suécia, nem afluirem cadáveres de peixes nas águas brasileiras e árabes (auspiciando um fim em 2012, como os Maias vaticinaram)...

Hoje o gasóleo esgotou no posto de abastecimento da Prio, em Vila Verde, onde abasteço sempre, e tive que ir beber à Repsol, a 1,258 euros o litro... Até me doeu a alma...

Outro sinal do fim dos tempos são os saldos... QUAIS SALDOS? Para alémd e nãos e ver nada de jeito, os preços estão elevadíssimos.
Mas nem sei por que reclamo... No money, no vices...

Estremecer por dentro

A porta fechou-se contigo
Levaste na noite o meu chão
E agora neste quarto vazio
Não sei que outras sombras virão
E alguém ao longe me diz

Há um perfume que ficou na escada
E na TV o teu canal está aberto
Desenhos de corpos na cama fechada
São um mapa de um passado deserto
Eu sei que houve um tempo em que tu e eu
Fomos dois pássaros loucos
Voamos pelas ruas que fizemos céu
Somos a pele um do outro

Não desistas de mim
Não te percas agora
Não desistas de mim
A noite ainda demora


Ainda sei de cor o teu ventre
E o vestido rasgado de encanto
A luz da manhã e o teu corpo por dentro
E a pele na pele de quem se quer tanto

Não tenho mais segredos
Escondi-me nos teus dedos
Somos metades iguais
Mas hoje só hoje
Leva-me para onde vais
Que eu quero dizer-te

Não desistas de mim
Não te percas agora
Não desistas de mim
A noite ainda demora

E não desistas de mim
Não te percas agora

Pedro Abrunhosa


Para ouvir, aqui:

10.12.10

ohh...

As coisas boas estão a acabar.
Já nada é como antigamente...
Desta vez foi o Contra-Informação e os Da Weasel...
Maledetos... (com sotaque italiano)

O Contra era o único programa de crítica e mal-dissência político-social que existia... não resta mais nenhum... histórico, era símbolo da irreverência e direito ao deboche com inteligência. Liberdade de expressão em canal público! Tinha um peso descomunal. E terminou!
Há-de querer dizer alguma coisa...

Os Da Weasel...
inexplicável mas compreensivel. Muito talento junto acaba por cada um querer bater asas e voar ao seu  ritmo.Olhemos o fim pelo lado positivo: agora teremos vários sons marcantes em vez de um só.