Os brasileiros não podem com ele. Dizem que é pragmático demais, que 'corta as asas' à fantasia verde e amarela, enfim, estraga o 'barato da galera'. Desde que saiu a convocatória para este mundial, a Nike também deve ter-se juntado ao clube de ódio do homem.
É só ver a última super-produção deles: escolheram Ronaldo Gaúcho para representar os sentimentos brasileiros e o rapaz nem foi chamado para ir à África do Sul (too much money goes on...).
Tudo isto faz com que praticamente só eu curta o Dunga,
e as camisas dele. Faz parte da memória que tenho do primeiro mundial de futebol que vivi com intensidade, o de 1994 nos EUA. A presença do Dunga era impressionante numa equipa de 'futebol de areia' com um toque mágico no pé, já que ele era a 'água na fervura': líder, metódico, racional, sem-saborão até, mas verdadeiramente capitão. Ele é que puxava a rapaziada à terra. E aquela imagem dele a pegar na copa? Bem mais marcante que a do Romário, que foi a estrela da competição. O Dunga fazia me lembrar o Extreminador Implacável, o filme onde eu chorava baba e ranho com o 'I'll be back...'
Como treinador ainda gosto mais dele, pela figura singular: a frieza e pragmatismo da sua postura contrastam alegremente com as camisas de gosto discutível que usa, mas que caem a matar num surfista de 60 anos residente em Honolulu. Se ele fosse um 'menino do rio' típico vá lá, mas o Dunga é um Paulo Bento à brasileira - humilde, trabalhador, obstinado, corajoso. Admiro pessoas assim, ainda mais quando exibem um toque de excentricidade acidental... como as camisas à cantor pimba de meados da década de 90...
Agora tirem as diferenças/parecenças...
Christofer Lambert (o Imortal) / Dunga / Schwartz!neag$%& (Exterminador)
P.S. - e Dunga não é o nome de um dos sete anões? é pá, cada vez gosto mais dele..
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